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domingo, 18 de setembro de 2011

PORQUE SOU CONTRA A LEGALIZAÇÃO DO USO DE DROGAS NO BRASIL.


Pessoal,
Hoje pela manhã, estive num debate promovido pela "Casa do Saber", na Lagoa. É uma iniciativa pela troca de informação de temas pertinentes a cidade do Rio de Janeiro, em parceria com o SESC. O Tema era:LEGALIZAÇÃO DO USO DE DROGAS NO BRASIL. (O que diga-se de passagem, sou ABSOLUTAMENTE CONTRA).
Achei que seria interessante levar meu ponto de vista e toda a informação que tenho em consequência do meu trabalho, durante esses anos. Estavam presentes: a socióloga, ex-diretora do Departamento do Sistema Penitenciário e especialista em segurança Julita Lemgruber, o sociólogo e militante da Marcha pela MaconhaRenato Cinco e o Policial civil, coordenador do programa Papo de Responsa, do Afroreggae, Beto Chaves; De uma maneira geral, acho os argumentos defendidos pelas pessoas que apoiam a legalização ABSURDAMENTE FALHOS e tenho a impressão de que eles tem uma noção tortuosa da realidade nas comunidades e nos abrigos de nossa cidade. NÃO PUDE ME CALAR. Seguem  alguns trechos do debate, que achei interessante transcrever:
JULITA LEMGRUBER DIZ:"A proibição da maconha não é eficaz e não consegue impedir que o número de usuários cresça. Ainda assim, fomenta outros problemas, como corrupção, tráfico e a proibição retira da sociedade a possibilidade de controlar as substâncias.Sou a favor da liberação do uso e comercialização. O que possibilitaria investimento em outras áreas prioritárias no Brasil;"
FLÁVIO DUNCAN DIZ:Vi de perto o que a droga fez com dezenas de pessoas nas ruas .É preciso dizer que além de não termos estrutura pra intervenção  nos casos de vício e vulnerabilidade extrema, a gente se acostumou as coisas ruins; Nos acostumamos a pagar impostos, a observar a violência e as pessoas nas ruas. Ouço as pessoas dizerem muita coisa sobre a cobrança de impostos sobre a maconha, tornando-a lícita e transformando-a numa forma de angariar recursos pra investimento no Brasil. NÓS TEMOS UMA DAS MAIORES CARGAS TRIBUTÁRIAS DO PLANETA, SOMOS UMA DAS QUINZE MAIORES ECONOMIAS DO MUNDO. NÃO PRECISAMOS DE MAIS IMPOSTOS, COMO SUA SUGESTÃO SOBRE A MACONHA PRA INVESTIMENTO EM SAÚDE E OUTRAS PRIORIDADES...
JULITA LEMGRUBER DIZ: "Sou a favor de todo tipo  de liberação e de comercialização  de drogas, porque elas fazem parte da história da humanidade e isso é aenas uma forma de opressão sobre a questão."
FLÁVIO DUNCAN DIZ:"O Estupro e homicídio também fazem parte da história da humanidade e nem por isso acho normal as pessoas adotarem essas práticas. Se seu argumento se fundamenta nisso, ele é mais do que falho."
                      Amigos, através de meu trabalho, conheci a realidade de pessoas que tiveram suas vidas destruídas pelo vício e uso desenfreado de substâncias de maior poder de dependência ; Cerca de 80 % começou com uso de drogas mais "leves", como a maconha por exemplo. NÃO VOU ME CALAR E APOIAR ESSE TIPO DE EMPREITADA, DISSEMINADA POR PESSOAS QUE NÃO TEM NOÇÃO DOS EFEITOS QUE ISSO CAUSARÁ NA SOCIEDADE E SE APEGAM A FATOS E IMPRESSÕES DE OUTROS PAÍSES;
                Será que é pedir muito, conhecer a realidade de seu país e suas falhas primeiro, pra abrir a boca e fazer caminhadas depois?  Aconselho uma visita nas comunidades do Rio, onde as famílias que não tem como tratar o vício nem pagar a dívida de familiares viciados, vão até as "bocas de fumo" resgatar seus parentes, usuários, muitas vezes torturados e amarrados por não terem com pagar dívidas do vício. Será que alguma dessas pessoas já conversou com uma mulher pobre, mãe de um viciado, sem dinheiro pra internar seu filho, que depende da internação num Hospital pisquiátrico público sem possibilidade de tratar sua desintoxicação?
 Continuem acessando...
ABAIXO, SEGUE O LINK, COM O ÁUDIO DA MATÉRIA DESSA SEMANA NA RÁDIO METROPOLITANA, SOBRE MINHA INDICAÇÃO AO PRÊMIO INTERNACIONAL JONH F. MURRAY PELA UNIVERSIDADE DE IWOA (EUA).

Em três meses, 85 crianças viciadas em crack foram internadas compulsivamente no Rio de Janeiro

A política de internamento compulsivo  de crianças e adolescentes dependentes de crack no Rio de Janeiro completou  três meses e, apesar de ser bastante criticada, existem hoje 85 crianças  internadas à força para tratamento.


Os abrigos para tratamento de adolescentes dependentes de crack, na  cidade do Rio de Janeiro, apostam nas brincadeiras para livrar as crianças  do vício. "Quando eu falar já, joga o bambolê no chão, dá um pulo e grita 'eu  sou feliz'!". É assim que começam as atividades no Centro Especializado  de Atendimento à Dependência Química Bezerra de Menezes, localizado em Guaratiba,  zona oeste do Rio de Janeiro, onde ficam abrigadas crianças e adolescentes  apanhados nas operações conjuntas da Secretaria Municipal de Assistência  Social nas chamadas 'cracolândias', geralmente localizadas em favelas violentas.
O que é para ser brincadeira é levado a sério e deve haver disciplina  até na hora de brincar. "Está faltando sorriso no rosto de vocês... 1, 2 e já...!", exalta o  palhaço Rogério Rodrigues, que consegue convencer as meninas a participar  nas brincadeiras.  
O sorriso e o bambolê são as principais armas no tratamento de meninas  menores de 18 anos dependentes de crack. 
A Lusa visitou uma das quatro unidades de internamento compulsivo da  Prefeitura do Rio de Janeiro para onde são encaminhados os adolescentes  menores de idade. De lá, os adolescentes só saem ao cumprirem 18 anos ou por determinação  do tribunal de menores após comprovarem, a partir de uma equipa multidisciplinar,  ter deixado o vício. 
O tempo de internamento varia de criança para criança: no mínimo três  meses, mas algumas chegam a ficar um ano.  
Quase todas as 40 meninas acolhidas neste centro de tratamento têm um  histórico de vício em crack e consumo de outras drogas pesadas.  Com uma filha de dois anos e sete meses, a adolescente E.S, de 18 anos,  mais conhecida como Bombom, foi recolhida na operação realizada na favela  de Manguinhos, em junho deste ano. "Não adianta mentir, eu sou uma viciada. Está a ser boa a experiência  aqui, mas quero ir embora, a minha filha está entre a vida e a morte por  causa de mim", disse à Lusa Bombom.  
A sua filha pequena sofre até hoje as consequências do crack consumido  pela mãe durante a gravidez. A adolescente, com os recém cumpridos 18 anos, consome drogas desde  os 13. "Fumei crack, depois experimentei também o 'capetinha' que é a nicotina  do cigarro com o crack".   
Há um mês já no abrigo, Bombom conta que até ser encontrada ficou muito  tempo na rua, e já nem se lembra da última vez que esteve em casa. "Desejo morar com a minha mãe e ser feliz com a minha família, não  quero voltar para as drogas, se eu quisesse já teria fugido daqui", disse.
O abrigo possui cerca de 30 profissionais entre educadores, assistentes  sociais e psicólogos. As atividades diárias para ocupar as crianças são várias: oficinas de  dança, canto, teatro, brincadeiras e momentos de reflexão. 
A educadora Siomara Pimentel, conhecida como Tia Mara, trabalha no abrigo  há um ano e já trata de dependentes químicos há quase 10. Ela conta que  as meninas chegam muito debilitadas e muitas estão infetadas com doenças  sexualmente transmissíveis, doenças de pele, tuberculose e pneumonia. "Na rua, o crack tira toda a fome, a sede, não dormem e passam o tempo  todo a consumir", disse à Lusa. 
As primeiras operações conjuntas de combate ao crack começaram em março  deste ano e visam sobretudo comunidades pobres e violentas. 
Segundo a Secretaria de Assistência Social, em todas as operações já  foram retiradas de 'cracolândias' mais de 1.300 pessoas. 
Lusa